quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Calourada politizante: a luta faz-se desde o começo

A luta começa com uma boa recepção aos Calouros, de modo a inseri-los nas discussões as mais atuais da universidade. Neste sentido, desde novembro uma Comissão de estudantes vem se reunindo para efetivar uma Calourada no ano que vem que cumpra com as funções apontadas.

O primeiro passo é garantir que os calouros permaneçam em Marília, ou seja, que se sintam confortáveis na nova cidade, na universidade e que possam integrar-se sem ter que passar por toda sorte de humilhações - a prática tradicional do trote.

Neste sentido, estamos organizando um programa "Adote um Calouro", para que os ingressantes do ano de 2010 não passem pelos perrengues de ter que ficar em pensão ou chegarem em Marília sem ter para onde ir, a Comissão de Estudantes para a Calourada 2010 deliberou pela implementação do programa "Adote um calouro".

Funciona mais ou menos assim: as repúblicas se predispõem a alojar um ou mais calouros por um tempo que deve ser decidido entre eles, de modo que o calouro, qaundo vier para cá, depois de feita a matrícula, já tenha certo um lugar para ficar enquanto não possui uma casa permanente.

É bom para as repúblicas: Os veteranos podem conhecer os calouros, fazendo novas amizades e ajudando na fase de adaptação, quando os calouros se encontram em uma cidade nova, sem conhecer ninguém e sem casa.

É bom para o calouro: todo mundo gosta de ser bem recebido em um lugar novo. O programa Adote garante que os calouros terão, no minímo, um teto onde repousar os ossos depois de um dia inteiro de esforço. E permite uma maior tranquilidade na busca por um lar definitivo (o que previne também que o calouro caia em ciladas com imobiliárias, na pressa de arranjar uma casa).

As repúblicas que se interessarem devem preencher o formulário disponível em:

http://www.marilia.unesp.br/index.php?CodigoMenu=4794&CodigoOpcao=4798

e enviá-lo para o mail da Comissão para a Calourada 2010:

calouradaffc2010@ yahoogrupos. com.br

Vamos garantir uma boa recepção aos Calouros do ano que vem!!!!


Comissão para a Calourada 2010

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Encaminhada nova conquista dos estudantes da FFC

No site da UNESP-Marília, os estudantes podem se manifestar: fruto da greve com ocupação de 43 dias!

Uma das reivindicações dos estudantes da FFC, que mantiveram luta aguerrida no primeiro semestre, foi um espaço no site oficial desta unidade da UNESP.

Diante da pressão, a Direção não viu outra alternativa que não ceder à justa reivindicação dos estudantes.

Agora, todos os Centros Acadêmicos, o Diretório Acadêmico e o Diretório Central dos Estudantes tem direito a um espaço no site da universidade, onde todos os textos político,estatutos e chamados podem ser postados livremente pelos estudantes. Além disso, há um espaço dedicado somente as mobilizações presentes e passadas, sob o nome de "movimento estudantil".

Para acessar estas páginas, basta entrar no site da UNESP-Marília, www.marilia.unesp.br, e clicar no tópico "Espaço do Estudante". Em decorrência da greve e da suspensão das aulas, somente dois sub-tópicos surgirão, "DCE" e "Movimento Estudantil". Falta que os C.A.'s se organizem para criar seus próprios tópicos e que o D.A. seja eleito e proceda do mesmo modo.

os links são:

Página do DCE: http://www.marilia.unesp.br/index.php?CodigoMenu=4305&CodigoOpcao=4305&Opcao=4303

Página do Movimento estudantil: http://www.marilia.unesp.br/index.php?CodigoMenu=4306&CodigoOpcao=4306&Opcao=4303

A luta rende conquistas aos estudantes.

Mas ela nunca pode parar.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Declaração de fim de greve dos estudantes da FFC-UNESP/Marília

A greve acabou,

A luta segue!



Após quarenta e dois dias de greve com ocupação, a Assembléia Geral dos Estudantes da FFC-UNESP\Marí lia, realizada dia 07 de julho, deliberou pelo fim do movimento no dia seguinte, 08 de julho.

A greve que se deu este ano na FFC foi exemplar: greve política, contra os planos dos governos e reitorias para a educação pública. Iniciamos nosso movimento antes de qualquer outro grupamento estudantil ou docente. Demos, deste modo, vazão à voz dos estudantes, sempre reprimida pela burocracia acadêmica, pelos professores e governos todos.

A UNESP não respondeu aos ataques com a força devida e esperada. Ainda que muito trabalhadores tenham decidido pela greve, poucos foram os estudantes e professores que optaram pelo mesmo caminho, salientando, assim, a diferença entre os campi. Marília foi um dos poucos lugares aonde os três setores entraram em greve, e um dos últimos lugares do estado a debandar desta forma de luta, dado o isolamento, tanto na UNESP quanto na USP e UNICAMP.

Mas a UNESP mostrou-se particularmente apática nestes dias. Funcionários de muitos campi aderiram à luta. Poucos estudantes e poucos professores, no entanto. Ou seja, muito embora, Marília estivesse bastante mobilizada, o resto da UNESP não a seguiu, à exceção dos professores e estudantes de Assis e dos estudantes de Geografia da UNESP-Rio Claro.

Diante disto, cabe aos estudantes da UNESP-Marília e ao DCE da UNESP lembrar, em poucas linhas, que os ataques são bastante graves. O PDI, Plano de Desenvolvimento Institucional, vincula diretamente a UNESP aos interesses do grande capital nacional e internacional, descaracterizando- a enquanto universidade pública. A UNIVESP nada mais é senão a semente da distanciação e descompromisso do estado para com a educação pública; compreendermos ser este o projeto do governo do Estado e das reitorias. Não isto bastando, o fato da repressão, advinda da falta de democracia: dirigentes sindicais demitidos e presos, estudantes sindicados e expulsos, professores ameaçados de morte.

Como não vimos a queda dos ataques, cabe-nos pensar em como nos organizaremos para o próximo semestre. É praticamente consenso que faltou força aos três setores neste ano. Do mesmo modo, é praticamente consenso que a luta deve seguir segundo semestre adentro. Os ataques são graves demais para que deixemos que sigam impunes.

Estamos a pensar no futuro das universidades públicas paulistas. O governo quer torná-las departamento de pesquisa de bancos. Nós queremos que ela se torne pública até o fim, ao pesquisar as demandas da maior parte da população, que financia a universidade.

Disto, conclamamos os campi à luta no segundo semestre. A UNESP-Marília bem pode mobilizar-se à vontade, sozinha; ainda que a luta seja a mais radical, isolados, nós pouco e pouco faremos; necessitamos do apoio dos outros campi para que nos fortaleçamos enquanto UNESP.

Necessitamos nos unificar. A reitoria é uma só. O governo não é esquizofrênico, mas bem lúcido e homogêneo.

Ou fazemos o mesmo, ou nosso destino desde já está dado, e a luta configura-se mera pirotecnia.

Queremos o contrário. Desejamos que nossas posições triunfem e que a burocracia tenha de submeter-se à maioria dos estudantes e dos trabalhadores. Nós somos aqueles que mantêm a universidade: queremos controlá-la e configurá-la!

Não há outro modo de nos impormos que não seja a radicalização: as greves e as ocupações. Qualquer coisa menor que isto soar-nos-á como insuficiente; qualquer coisa acima, como insustentável neste momento.

É isto que propomos aos campi; por ser isto que nos acabamos de fazer em Marília.

Eis o que esperamos para o segundo semestre. Eis o que precisamos.

Que a UNESP mostre sua força e derrube os ataques.

Que os estudantes se unam e imponham uma universidade popular e democrática.

Que a universidade seja, de fato pública, em pesquisar os problemas da população.


Marília, 07 de julho de 2009, QG (sala 48 ocupada)

Assembléia Geral dos Estudantes da FFC-UNESP\Marí lia

sexta-feira, 10 de julho de 2009

43 dias de greve com ocupação rendem conquistas aos estudantes da FFC

Conquistas da Greve

A UNESP, por ser dispersa em todo Estado, é mal estruturada, especialmente a que se localiza na cidade de Marília: há falta de professores e funcionários. Além disso, os anos de governo tucano somente serviram, para aumentar ainda mais a precarização dos serviços públicos, notadamente, a educação em todos os níveis. Defensores da privatização e do particular em detrimento do público, os tucanos nada mais fazem senão asfixiar o patrimônio coletivo através de suas políticas neoliberais privatistas.

Além da debilidade crônica, há outras questões: planos de institucionalização da submissão da UNESP aos grandes capitalistas e de sua transformação em uma empresa (PDI); aprofundamento ainda maior da precarização da educação pública por meio do Ensino à Distância(UNIVESP); concentração das decisões da universidade na mão de meia dúzia de doutos professores burocratas, corruptos e capitalistas; repressão aos estudantes, funcionários e professores que não aceitam os ditames do gestores da universidade.

Esse quadro levou os estudantes da UNESP-Marília a se mobilizarem pela mudança da situação.

A precariedade não se limita apenas a UNESP, mas as outras universidades, como USP e UNICAMP. Além dos elementos apresentados, a repressão e a falta de democracia nos órgãos que gerem a universidade impulsionaram a mobilização de estudantes, professores e trabalhadores em todo o estado.

A burocracia universitária — que atende pelo nome de Cruesp — se relaciona com a comunidade acadêmica de forma autoritária e intransigente. As reivindicações que surgiram neste movimento de mobilizações visam suprir as carências da universidade.

Os estudantes da UNESP-Marília conseguiram algumas poucas repostas, através da greve com ocupação. Uma dessas repostas veio na forma da conquista de uma demanda histórica: o R.U. noturno. Há muito era presença constante na luta dos estudantes a reivindicação de um restaurante que atendesse os que estudam e trabalham no período noturno. Essa conquista satisfaz uma parte da carência, já que não possuímos uma cantina.

Outra conquista do movimento grevista foi o Centro de Línguas. Com a previsão de atender 200 discentes da Faculdade, o Centro de Línguas preparará vários estudantes para a leitura e compreensão de textos em inglês, inicialmente. Essa conquista tem função primordial na formação dos estudantes, pois muitos não teriam acesso por outros meios ao aprendizado de línguas.

O Centro de Estudos da Educação da Saúde, CEES, tem desempenho importante no atendimento da população mariliense. Mas, apresenta condições precárias em sua estrutura física, o que prejudica o desenvolver das atividades no local. A devida solução apresentada pelos estudantes não foi atendida de imediato, que é a transferência do CEES para o campus (o CEES funciona no antigo campus da UNESP), mas conquistou-se sua reforma, para que o atendimento a sociedade não seja ainda mais prejudicado.

CEES, Centro de Línguas e R.U. são algumas conquistas que certamente trarão contribuições positivas às atividades da Universidade. Certo também é que as reivindicações atendidas são devidas ao forte e organizado movimento que se construiu entre os estudantes, com o auxilio de funcionários e professores.
Contudo, a pauta de reivindicações dos estudantes da FFC-UNESP/Marília, ainda deve ser levada adiante. Muitos pontos da pauta têm ligação com toda a comunidade da UNESP, como o PDI, UNIVESP, democratização das estruturas, entre outros. Para que esses e outros pontos sejam atendidos, precisa ser construído um movimento forte e ainda mais organizado com os campi que pretendem ir a luta.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Com a luta os estudantes da FFC conquistam Centro de Línguas

O blog da greve adverte: notícia extraída da mídia burocrata (quer dizer, contêm distorções)


Vitória dos estudantes da FFC sai do papel: concretiza-se o Centro de Línguas


http://www.marilia.unesp.br/index.php?CodigoMenu=1&CodigoOpcao=1305&Codigo=270


Centro de Línguas seleciona bolsistas

Projeto de Extensão em Inglês Instrumental abre inscrições para monitores
08-07-2009

A coordenadora do projeto de extensão "Inglês Instrumental: leitura para os alunos do campus de Marília", Profª. Drª. Mariangela Braga Norte, divulgou a chamada para o processo de seleção dos bolsistas monitores de Língua Inglesa, que terá inscrições entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, no Departamento de Ciência da Informação (DCI) da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da Unesp de Marília.

Critérios

Para concorrer à bolsa do projeto de extensão, o aluno da FFC interessado deve se apresentar ao DCI entre os dias 20/7 e 5/8 com um currículo simples resumido, apontando onde aprendeu inglês ou um comprovante de curso. No dia 7/8, em local e horário a ser definido, será aplicada uma avaliação de proficiência em Língua Inglesa. O horário de atendimento do DCI é das 8h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Centro de Línguas

Visto como grande necessidade para os discentes dos cursos de graduação da Unesp de Marília e considerado uma conquista da pauta de reivindicações da Assembleia dos Estudantes da FFC, a criação do "Centro de Línguas" se torna possível por meio do projeto de extensão "Inglês Instrumental: leitura para os alunos do campus de Marília", e tem como objetivo capacitar o aluno a ler e compreender com maior rapidez textos em língua inglesa, possibilitando um melhor desempenho acadêmico e profissional, preparando os alunos para o ensino de técnicas e estratégias de leitura em outros idiomas.

O projeto prevê, inicialmente, atingir 200 discentes dos nove cursos de graduação da faculdade, utilizando dez alunos bolsistas da FFC, que estarão aprendendo didática e ensinando língua inglesa para seus colegas. A coordenadora Mariangela Braga Norte já sinalizou positivamente para que o projeto também ofereça, futuramente, outros idiomas e contemple também funcionários interessados.

Termina a greve com ocupação!

A Assembléia Geral dos Estudantes da FFC-UNESP\Marília deliberou ontem, dia 07 de julho, pelo fim do movimento de greve com ocupação, após 41 dias de duração e mobilização.

Dado o fato do isolamento e do atendimento parcial da pauta (RU noturno, Centro de Línguas, Reforma do CEES), a Asse,bléia compreendeu ser melhor realizar um recuo tático, para construir nova mobilização radicalizada no 2º semestre.

Haverá nova Assembléia Geral dia 30 de julho para continuar os debates acerca do movimento.

Além disso, a Congregação Aberta, que debaterá a pauta de reivindicaões dos estudantes, deve ter lugar dia 04 de agosto, na dependências da FFC.

É bastante importante que todos e todas estejam presentes para forçar os congregados a acatarem as reivindicções dos estudantes da FFC.

Esta batalha terminou. Os estudantes da FFC não perderam, mas também não ganharam. Os planos privatistas não foram derrotados, a universidade continua medieval, o ensino à distância ainda está vivo e a repressão está a nos corroer os ossos.

A luta nunca termina enquanto o inimigo não for derrotado.

Os inimigos dos estudantes estão ainda bastante vivos.

A nossa luta também não pode deixar de estar, ainda que, pelo momento, tome novas formas!

domingo, 5 de julho de 2009

Moção de Apoio

O Diretório Acadêmico “XVI de Agosto” - gestão “Henfil” 2009/2010, da Faculdade de Ciências e Letras de Assis, recém empossado e então, mobilizado desde o dia 25 de Maio, por meio de articulação política, elucidativa e sensibilizadora de suas bases, seus professores e funcionários, apóia com toda força e veemência a luta dos estudantes da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília.

Diante dos constantes ataques à autonomia universitária praticadas pelo governo Estadual paulista, enquadramos a UNIVESP e parte do PDI como planos precarizadores da qualidade do ensino superior paulista. Manifestamo-nos contrariamente a alguns pontos desse Plano de Desenvolvimento Institucional, principalmente aos itens que, segundo nossas conclusões, prejudicam a qualidade de ensino na UNESP: a certificação intermediária, EaD e as pesquisas voltadas para o mercado.

Além do mais, há de se questionar o porquê o governador José Serra já anunciara a UNIVESP antes mesmo das discussões serem iniciadas em nossos órgãos colegiados superiores. Enxergamos que tal ato, apenas solidifica a nossa vontade de uma universidade REALMENTE autônoma em suas decisões e LIVRE dessas forças opressoras e mandatórias que enganam a opinião pública quando divulgam a intenção mentirosa da promoção democrática por meio de tal projeto.

Enquanto o PDI mantiver a Universidade Virtual do Estado de São Paulo, que por si só, já é a realização das diretrizes empobrecedoras do ensino superior público; e essas metas que não visam garantir a ótima qualidade do ensino superior público, nós estudantes da FCL-Assis, estaremos unidos em proteção à qualidade descente de ensino, ao digno acesso da maioria da sociedade ao ensino superior público e em respeito à autonomia universitária.



Desta forma, que nossas lutas sejam unificadas em defesa de uma Universidade provedora de uma sociedade mais justa.

Em face a essa delicada situação de férias, força Marília, força Movimento Estudantil!

Diretório Acadêmico “XVI de Agosto” da FCL-Unesp/Assis