domingo, 31 de maio de 2009

Atividades da Semana


Atividades da Semana


segunda-feira

9h Assembleia de Pedagogia
15h Cine Ocupação- Bandido da Luz Vermelha
19h Assembleia de Pedagogia
20h Aula Pública – Governo Lula e a Esquerda (Del Roio)


terça-feira

10h Oficina de Alongamento e Massagem
15h Oficina de Forró
16h Oficina de Dança
17h Teatro- Introdução e Improvisação Teatral
22h Cine Ocupação “Crônica Inviável”


quarta-feira


11h ato
14h Oficina de Contos
16h Oficina de Circo
17h Reunião do Comando de greve
19:30h Cine Ocupação “El Topo ” Alessandro Jodorowski


quinta-feira

10h Oficina de Alongamento e Massagem
14h Introdução à História da Música Jamaicana
16h “Futcampo”
16h Ciclo de Filmes: (Capitalismo Gangster) “Queimada”
20h Aula Pública “Revoltas Camponesas no Brasil” (Paulo Cunha)


sexta-feira

14h Oficina de Literatura Brasileira – Análise de Poesias
17h Reunião Comando de Greve
22h Cine Ocupação “Desejo Proibido”


sábado

15h Cine Padaria “Sangue de um Poeta” Jean Cocteau


domingo

17h Reunião Comando de Greve


Fotos da Ocupação
















PDI

link PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional da UNESP)

http://www.unesp.br/ape//listagem_links.php?grupo_link=153















fotos da ocupação











fotos da ocupação


sábado, 30 de maio de 2009

Moção de Apoio à Greve e Ocupação do Alunos da Unesp de Marília


Moção de Apoio à Greve e Ocupação do Alunos da Unesp de Marília
O Centro Acadêmico de Geografia da Unesp de Ourinhos vem tornar público todo o seu apoio aos movimentos de greve e ocupação que estão ocorrendo na Unesp de Marília.
Entendemos que a pauta de reivindicações dos estudantes de Marília é legítima e temos total acordo com os companheiros em suas reivindicações.
O governo Serra, em parceria com a burocracia acadêmica, vem atacando sistematicamente o ensino superior público tornando cada vez mais claro o projeto neoliberal infiltrado dentro desta instituição. Em 2007, os decretos atacavam direitos históricos conquistados, como a autonomia financeira e administrativa, assim como visavam o corte de verbas das universidades estaduais.
Naquele momento, as mobilizações provaram que nós, comunidade acadêmica estadual mobilizada, temos força e batemos de frente com o governo estadual barrando estes ataques destruidores. Agora, em 2009, tentam atacar a universidade por outras vias, como PDI, UNIVESP, CORTE DE VERBAS. Mas mais uma vez os estudantes, trabalhadores e funcionários devem provar que não vão aceitar manobras da burocracia que tragam prejuizos incalculáveis para o ensino público superior.
Em virtude do apoio total às lutas contra esses ataques que o Centro Acadêmico de Geografia da Unesp de Ourinhos coloca-se totalmente favorável e com apoio incisivo à luta que os companheiros de Marília estão travando, provando mais uma vez que fazem parte de um movimento que se extende pelo Estado para derrubar os interesses da burguesia dentro dessa universidade.
Força na luta.
Todo apoio à greve do SINTUSP
Todo apoio à greve e ocupação da Unesp de Marília
Todo apoio aos movimentos e mobilizações contra os ataques ao ensino superior público.
Centro Acadêmico de Geografia Aziz Ab’Saber.

Moção de Apoio à greve e ocupação dos estudantes de Marília


Moção de Apoio à greve e ocupação dos estudantes de Marília


Nós, membros do Centro Acadêmico do curso de Física Biológica "Rosalind Franklin", manifestamo- nos dando total apoio ao movimento encabeçado pelos estudantes do campus de Marília. Ressaltamos a importância da união entre os campus da Universidade, bem como a importância dos estudantes se manifestarem apoiando e reforçando o movimento, ou seja, a luta por uma Universidade Pública, de Qualidade e de acesso à toda população.
Centro Acadêmico de Física Biológica "Rosalind Franklin"
São José do Rio Preto, 28 de maio de 2009

Moção de apoio à greve


Moção de apoio à greve


Os estudantes do curso de Filosofia do campus da Unesp Marília, reunidos em assembléia, após discussão sobre a justeza do atual movimento, bem como sobre os problemas específicos do seu curso, deliberaram por total apoio à vigente greve com ocupação e sua pauta de reivindicações.
Assembléia dos estudantes do
curso de Filosofia da FFC- Unesp Marília.
Marília, 28 de Maio de 2009.

Moção de Delegado DCE de Rio Preto


Moção de Delegado DCE de Rio Preto

O que segue abaixo não é somente minhas breves considerações positivas sobre os mais recentes fatos ocorridos em Marília, mas exponho meus argumentos sinceros e respeitosos acerca das atitudes deliberadas e executadas pela classe discente deste câmpus.
Assoma-se sobre nossas cabeças e vistas um horizonte sinistro, onde interesses impróprios, mais que elitizados e sem sentidos cabíveis em nossa militância tomam dimensões terríveis e inconsequentes para a já mambembe estrutura educional e universitária de nosso país. Em tormentas como essa que surge, medidas drásticas têm que serem usadas contra essa opressão e a nosso favor sim e, dessa vez, em proporções maiores que as já vistas anteriormente em nosso histórico de luta.
Assim, não só apóio como carrego comigo a admiração e o exemplo dos companheiros e companheiras que declaram guerra aberta a esse sistema imundo e injusto.

Levanto meu punho em força a tais defensores.


Kim Ramos - DCE UNESP/FATEC - Rio Preto

Moção Apoio Diretório Acadêmico “Filosofia”


Moção Apoio Diretório Acadêmico “Filosofia”

Diante das medidas e políticas governamentais que visam uma maior precarização e elitização do ensino público (em particular PDI e UNIVESP) e das repressões sofridas por estudantes e funcionários, o Diretório Acadêmico "Filosofia" (D.A.F.) legitima a greve e a ocupação da Faculdade de Filosofia e Ciências (F.F.C.), em Marília. Sustenta também os outros itens das pautas das greves instaladas na USP e na UNESP, campus de Marília, e se solidariza apoiando o movimento, chamando discussões no campus de São José do Rio Preto e uma Assembléia a ser marcada para semana que vem, cuja pauta perfazer-se-à a mobilização dos estudantes, acentuando a necessidade de união entre as instituições de ensino, bem como entre estudantes e funcionários, na luta contra os projetos que atacam diretamente os interesses da classe trabalhadora.
Para além disso, será realizada uma passeata, dia 29 de maio, partindo do campus rumo à rodoviária, cuja pauta inclui a mobilização em prol do movimento da USP, da F.F.C. de Marília e das demais instituições de ensino mobilizadas, além de itens internos, como a não entrada de polícia no campus, o início do funcionamento do R.U. estatizado no mês de setembro (conforme dito pela direção e reitoria), a contratação de funcionários e a incorporação dos terceirizados no quadro dos funcionários, a construção de mais um bloco na moradia estudantil, entre outros. Em seguida, a passeata encaminhar-se-á rumo à Prefeitura Municipal, em que, juntamente com trabalhadores, estudantes de outras instituições, escolas e representantes de vários sindicatos e movimentos sociais, será construído um ato contra o aumento do passe do circular da cidade (que monopoliza as linhas da cidade) e contra a violência e repressão sofrida por manifestantes, dia 25 de maio.
Pela unificação da luta dos estudantes e dos trabalhadores!
Contra a mercantilização da educação e por uma Universidade livre com pleno acesso à todos os trabalhadores!
Diretório Acadêmico "Filosofia"
UNESP – São José do Rio Preto

Moção de Apoio a greve dos estudantes de Marília


Moção de Apoio a greve dos estudantes de Marília

O Centro Acadêmico da Química Ambiental Prof. Dr. "Laerte Miola", do campus de São Jose do Rio Preto, C.A.QU.A, reconhece a greve e a ocupação da Faculdade de Filosofia e Ciências (F.F.C) no campus de Marília, dando pleno apoio e legitimadade à ocupação e às respectivas reivindicações. Será realizada uma Assembléia dos estudantes do curso com o intuito de discutir-se o movimento nas Universidades estaduais paulistas e as políticas que visam a desarticulação do movimento e à precarização do ensino público, a fim de fortalecimento e informação dos estudantes do curso. Portanto, reconhecemos a importância da união entre todos os estudantes das Universidades e dos mesmos com os trabalhadores.

Moção de Apoio Comissão de Moradia Estudantil UNESP-Rio Preto


Moção de Apoio Comissão de Moradia Estudantil UNESP-Rio Preto


Em vista dos acontecimentos que tangem as Universidades públicas e que ferem a autonomia das mesmas (como as políticas que direcionam o ensino à um estado de precarização, as repressões sofridas por estudantes e funcionários, bem como por trabalhadores - pelo capital), a Comissão Interna da Moradia da UNESP/ IBILCE, campus de São José do Rio Preto, ainda que não legitimada como órgão colegiado, vem, por meio desta, manifestar seu total apoio à greve e ocupação principiada por estudantes do campus de Marília, assim como à toda luta contrária às políticas e medidas que ferem os trabalhadores e estudantes.
Além disso, a Comissão Interna da Moradia do IBILCE convida as demais comissões a apoiarem essa briga como forma de fortificação do movimento, a organizarem discussões e se manifestarem pela permanência estudantil (aumento do número de bolsas de auxílio aos estudantes,construçã o e ampliação de moradias e construção e estatização de Restaurantes Universitários) e contra os ataques às Universidades enquanto instituições públicas, sustentadas pelos trabalhadores e à eles devendo se voltar.
Sem mais por hora,
Saudações à todos!

Carta ao Sintusp


Carta ao Sintusp

As universidades públicas brasileiras vivem atualmente um intenso processo de desestruturação, é notável o quadro de precarização do ensino e dos serviços da universidade (falta de professores e funcionários, falta de uma política de permanência estudantil plena, imposição do ensino à distância, planos privatizadores, etc.).
Os ataques se intensificam cada vez mais. O PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) imposto à UNESP, quando colocado em prática, terminará por descaracterizá-la enquanto universidade pública. O PDI faz da UNESP um departamento de patentes para empresas, que, ao invés de pesquisar demandas sociais, pesquisará as demandas empresariais, avessas aos interesses da maior parte da população.
O UNIVESP (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) fere radicalmente a qualidade do ensino, como também tende a modificar o funcionamento do quadro de funcionários e professores da UNESP.
A este quadro tenebroso se junta o fato da repressão aos estudantes, trabalhadores e professores das três públicas.
O SINTUSP - que sempre se posicionou contra a precarização do ensino e das condições de trabalho, contra a repressão, foi alvo de um ataque político sem precedentes – que não ocorria desde a ditadura militar - arbitrariamente a reitoria da USP demitiu ilegalmente o funcionário dirigente do sindicato dos trabalhadores: Claudionor Brandão. Os trabalhadores solicitaram a revisão de deliberação arbitrária, porém não foram ouvidos. Por conta disso, desencadearam uma série de ações, debates públicos, atos, paralisações, e por fim a greve, decretada no dia 05 de maio.
Os estudantes da FFC campus da UNESP de Marilia, em assembléia geral, solidarizam-se com a luta do sintusp e ao funcionário Brandão, após deliberar pela greve geral estudantil no campus e ocupação do prédio de aula, no dia 26 de maio, com a seguinte pauta de reivindicações:
PAUTA DE REINVINDICAÇÕES DOS ESTUDANTES DA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA UNESP CAMPUS MARÍLIA
Contra o PDI: pelo fim de seus trâmites nos órgãos da Universidade
Contra a UNIVESP: pelo fim do convênio entre UNESP e Secretaria de Ensino Superior
Educação não é mercadoria: estatização, sem ressarcimento, das universidades particulares como forma de sanar a falta de acesso ao ensino superior.
Contra a repressão:
Solidariedade a greve dos trabalhadores da USP: pela imediata readmissão do camarada Brandão
pelo fim das sindicâncias na UNESP, USP e UNICAMP
Por democracia de fato nos espaços de decisão da universidade:
Paridade de voto às eleições para Diretoria e Reitoria
Paridade nos órgãos deliberativos; Conselho Universitário e Congregação
Pela imediata incorporação dos trabalhadores terceirizados aos quadros da universidade
Pela contratação de mais professores/as
Pela contratação de mais funcionários\funcionarias
Por uma política efetiva de Permanência Estudantil:
— Por mais bolsas BAAE: com número mínimo de 260 bolsas, com encampamento pela reitoria das bolsas BAAE oferecidas pela iniciativa privada— Bolsa BAAE de pelo menos um Salário Mínimo— Por mais vagas na Moradia Estudantil
— Por mais bolsas alimentação com caráter socioeconômico, vinculadas à bolsa-moradia, auxilio aluguel e bolsa BAEE
— Pelo aumento da quantidade de refeições servidas no restaurante Universitário, com proporcional aumento do número de funcionários
— Pelo Restaurante à noite já
— Por formulários de Moradia e Bolsa BAAE para estudantes de Terceira Chamada em diante.
Bolsa Moradia para Pós-Graduandos (ordem de prioridade: graduandos –> graduados –> pós-graduandos)
Aumento do número de vagas no CCI
Pela adequação da estrutura física da faculdade para pessoas portadoras de deficiência (em todos os seus espaços)
Pela ampliação do Anfiteatro
Pela ampliação da Biblioteca
Pela criação de espaços de convivência estudantis adequados
Pela contratação de odontologista para UNAMOS e atendimento geral na área de ginecologia (não somente preventivo)
Pela transferência do CEES para o Campus I, para que os alunos sejam atendidos por médicos (necessidades básicas), além do centro de estudos para os cursos que estão em estágio
Marília, 16 de abril de 2009, Prédio de Atividades Didáticas, Anfiteatro I
Assembléia Geral dos Estudantes da FFC/UNESP-Marília
Diretório Central dos Estudantes da UNESP-FATEC
Centro Acadêmico de Filosofia
Centro Acadêmico de Pedagogia
Centro Acadêmico de Relações Internacionais
Centro Acadêmico de Biblioteconomia
Centro Acadêmico de Fisioterapia
Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional
Centro Acadêmico de Fonoaudiologia
Centro Acadêmico de Arquivologia
Comissão Local de Moradia Estudantil

Carta aos trabalhadores

Carta aos trabalhadores

Funcionários, os estudantes reunidos em assembléia geral, no dia 26/05, deliberaram por entrar em greve estudantil. Entendemos que a Universidade vem passando por diversos ataques, que visam diminuir o já escasso investimento na educação, privatizando, terceirizando e chegando inclusive a substituir a educação presencial por educação a distancia, através do PDI e da UNIVESP.
Esses ataques à educação também atingem os trabalhadores, diversos setores sofrem com a falta de funcionários, e as contratações são insuficientes, o reajuste salarial é cada vez menor, as condições de trabalho em alguns setores deixam a desejar, e a ameaça da terceirização reaparece de tempos em tempos. Isso tudo em uma conjuntura em que o governo bateu recordes de arrecadação, imaginem agora com a crise econômica!
Apesar de tudo, se nossa universidade ainda não está totalmente sucateada, isso se deve a luta dos funcionários, estudantes e alguns professores. Consciente disso o Governo do Estado ao mesmo tempo que avança na precarização também avança nas repressões. O caso mais gritante é a demissão ilegal do dirigente do SINTUSP, Claudionor Brandão, demitido por seguir as deliberações da assembleia da sua categoria, ataque esse que tenta ser mascarado por difamações pessoais por parte das reitorias e algumas direções, essas afirmações são tão falsas que desafiamos os caluniadores a apresentar as provas!
O real interesse dessa campanha baixa é dividir a luta, levar adiante as repressões e garantir o sucateamento da universidade, se hoje eles demitem sindicalistas teoricamente protegidos pela lei, imaginem o que faram conosco, ou com vocês?
Nós estudantes lutamos por uma Educação Publica, Gratuita, de Qualidade, que Todos tenham acesso, a serviço das demandas da maioria da população, e gerida paritariamente por professores, funcionários e estudantes.
Sabemos que não podemos ser vitoriosos, nem mesmo nas demandas mais elementares, se ficarmos sozinhos, por isso chamamos os funcionários dessa universidade a somar forças nessa luta, construindo uma grande greve capaz de arrancar conquistas concretas e avançar para um projeto de universidade realmente popular.

Marília, 28 de Maio de 2009

Moção de Apoio - João Bernardo

Moção de Apoio

Os estudantes da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília estão em greve e ocuparam o Prédio de Aulas. Bastaria o facto de eles reivindicarem laboratórios de qualidade e o aumento do número de professores e de funcionários para merecerem todo o apoio, mas o eixo do movimento parece-me ser outro.
Os grevistas exigem o fim do Plano de Desenvolvimento Institucional, que define metas e ações da universidade para os próximos dez anos. O objectivo deste Plano é a aplicação no Brasil do que desde há bastantes anos vem a ser feito nas universidades dos Estados Unidos e mais recentemente na Europa, a transformação do ensino superior e da pesquisa científica numa actividade subsidiária das grandes empresas transnacionais.
Os grevistas reclamam igualmente o fim da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Sob o pretexto de democratizar o acesso à universidade, este programa de ensino virtual é mais uma das formas como, nos últimos anos, tanto o governo federal como os governos estaduais procuram aplicar nas universidades públicas os critérios e os sistemas vigentes nas universidade privadas. Os políticos e os gestores da educação que têm defendido o ensino à distância argumentam que este método aumenta a produtividade dos docentes, medida por uma taxa professor / alunos, o que é sem dúvida exacto, desde que avaliemos os resultados do ensino como avaliamos o desempenho de qualquer linha de produção industrial ou as prestações de qualquer firma de serviços. Seria difícil indicar melhor que o objectivo é a mercantilização da educação. E é nesta estrita acepção de ampliação do mercado que se pretende apresentar como democrática a Universidade Virtual, o que nos elucida acerca da concepção de democracia vigente no governo do estado.
Contrapondo-se a esta concepção, os grevistas defendem a democratização das instituições universitárias, que passa pela igualdade nos órgãos colegiados. Por isso é exigida a paridade de decisão, de modo a que professores, funcionários e estudantes tenham o mesmo número de votos.
Mas permitam-me duas observações, estudantes grevistas da Unesp de Marília.
Antes de mais, para que a paridade atribuída aos representantes seja realmente um instrumento de democracia, é necessária a existência de mecanismos assegurando que os representantes sejam controlados pela base, escutem a base e lhe prestem contas, e sejam demitidos se a base não gostar da sua actuação.
Além disso, penso que a utopia não consiste em pedir muito, mas em julgar que é possível parar a meio do caminho. A universidade não pode democratizar-se internamente se não se abrir democraticamente para o exterior, o que torna urgente a discussão acerca das formas como a universidade se deve ligar aos movimentos sociais e às lutas da classe trabalhadora.
Considerando tudo isto, manifesto o meu completo apoio aos estudantes grevistas ocupantes da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília. Que o seu exemplo seja seguido pelos demais estudantes de São Paulo, do país e mesmo do mundo! Que os planos do governo do estado, das reitorias e do grande capital para a educação não prosperem! Que a luta destes estudantes seja vitoriosa e abra o caminho a uma educação que não se confunda com a formação maciça de força de trabalho.

João Bernardo

Moção de Apoio à Greve com Ocupação dos estudantes da FFC – Unesp Marília

Moção de Apoio à Greve com Ocupação dos estudantes da FFC – Unesp Marília

Nós moradores da Unidade Moradia – Unesp Marília, reunidos em plenária realizada no dia 28 de maio, reafirmamos apoio a Greve com Ocupação vigente neste momento realizada pelos estudantes nesta unidade. Reforçamos a pauta de reivindicação dos estudantes, dando ênfase as questões de acesso à universidade e permanência estudantil, compreendendo que uma Universidade verdadeiramente democrática só pode ser construída através de uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.

Segue a pauta de reivindicações:

PAUTA DE REINVINDICAÇÕES DOS ESTUDANTES DA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA UNESP CAMPUS MARÍLIA
Contra o PDI: pelo fim de seus trâmites nos órgãos da Universidade

Contra a UNIVESP: pelo fim do convênio entre UNESP e Secretaria de Ensino Superior

Educação não é mercadoria: estatização, sem ressarcimento, das universidades particulares como forma de sanar a falta de acesso ao ensino superior.

Contra a repressão:
Solidariedade a greve dos trabalhadores da USP: pela imediata readmissão do camarada Brandão
pelo fim das sindicâncias na UNESP, USP e UNICAMP

Por democracia de fato nos espaços de decisão da universidade:
— Paridade de voto às eleições para Diretoria e Reitoria
— Paridade nos órgãos deliberativos; Conselho Universitário e Congregação

Pela imediata incorporação dos trabalhadores terceirizados aos quadros da universidade

Pela contratação de mais professores/as

Pela contratação de mais funcionári@s

Por uma política efetiva de Permanência Estudantil:
— Por mais bolsas BAAE: com número mínimo de 260 bolsas, com encampamento pela reitoria das bolsas BAAE oferecidas pela iniciativa privada— Bolsa BAAE de pelo menos um Salário Mínimo— Por mais vagas na Moradia Estudantil
— Por mais bolsas alimentação com caráter socioeconômico, vinculadas à bolsa-moradia, auxilio aluguel e bolsa BAEE
— Pelo aumento da quantidade de refeições servidas no restaurante Universitário, com proporcional aumento do número de funcionários
— Pelo Restaurante à noite já
— Por formulários de Moradia e Bolsa BAAE para estudantes de Terceira Chamada em diante.
— Bolsa Moradia para Pós-Graduandos (ordem de prioridade: graduandos –> graduados –> pós-graduandos)
— Aumento do número de vagas no CCI

Pela adequação da estrutura física da faculdade para pessoas portadoras de deficiência (em todos os seus espaços)
Pela ampliação do Anfiteatro

Pela ampliação da Biblioteca

Pela criação de espaços de convivência estudantis adequados

Pela contratação de odontologista para UNAMOS e atendimento geral na área de ginecologia (não somente preventivo).

Moção de apoio do Grupo de Estudos e Práticas Subversivas “Moradas Comuna”

Moção de apoio do Grupo de Estudos e Práticas Subversivas “Moradas Comuna”

O Grupo de Estudos e Práticas Subversivas “Moradas Comuna”, apóia a Greve dos estudantes da FFC – Campus de Marilia
Marília, 6 de abril de 2009
Nós integrantes do Grupo de estudos e atuação de práticas subversivas “Moradas Comuna”, declaramos todo apoio ao movimento de Greve e Ocupação d@s estudantes da Unesp de Marília, bem como a todas as formas de mobilizações que vêm sendo utilizadas de maneira bem articulada, frente a uma pauta de reivindicações que consideramos como demandas históricas que necessitam ser atendidas.
Como estudantes de universidades públicas que vem sofrendo intenso processo de precarização das condições de estudo dos estudantes e de trabalho d@s Funcionári@s e professores/ as, entendemos com legítima a luta travada por meio da Greve e ocupação do prédio de sala de aulas da FFC - Marília.
Nesse período de crise mundial devemos ainda posicionarmos CONTRA AS DEMISSÕES, exigindo QUE OS RICOS PAGUEM PELA CRISE ECONÔMICA MUNDIAL.
A pauta apresentada pelo movimento de ocupação assume maior importância ainda se considerarmos os ataques que o ensino público superior vem sofrendo nesse período de contra-reformas, onde se suprime direitos sociais conquistados com muita luta, o ataque a tais direitos, empreendidos pelo governo, pelas reitorias e apoiados por diretorias da UNESP, afetam diretamente o caráter social da Universidade brasileira.
Apoiamos a ocupação da Unesp-Marília para o atendimento imediato da pauta apresentada pelos estudantes:
PAUTA DE REINVINDICAÇÕES DOS ESTUDANTES DA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA UNESP CAMPUS MARÍLIA
Contra o PDI: pelo fim de seus trâmites nos órgãos da Universidade

Contra a UNIVESP: pelo fim do convênio entre UNESP e Secretaria de Ensino Superior

Educação não é mercadoria: estatização, sem ressarcimento, das universidades particulares como forma de sanar a falta de acesso ao ensino superior.

Contra a repressão:
Solidariedade a greve dos trabalhadores da USP: pela imediata readmissão do camarada Brandão
pelo fim das sindicâncias na UNESP, USP e UNICAMP

Por democracia de fato nos espaços de decisão da universidade:
— Paridade de voto às eleições para Diretoria e Reitoria
— Paridade nos órgãos deliberativos; Conselho Universitário e Congregação

Pela imediata incorporação dos trabalhadores terceirizados aos quadros da universidade

Pela contratação de mais professores/as

Pela contratação de mais funcionári@s

Por uma política efetiva de Permanência Estudantil:
— Por mais bolsas BAAE: com número mínimo de 260 bolsas, com encampamento pela reitoria das bolsas BAAE oferecidas pela iniciativa privada— Bolsa BAAE de pelo menos um Salário Mínimo— Por mais vagas na Moradia Estudantil
— Por mais bolsas alimentação com caráter socioeconômico, vinculadas à bolsa-moradia, auxilio aluguel e bolsa BAEE
— Pelo aumento da quantidade de refeições servidas no restaurante Universitário, com proporcional aumento do número de funcionários
— Pelo Restaurante à noite já
— Por formulários de Moradia e Bolsa BAAE para estudantes de Terceira Chamada em diante.
— Bolsa Moradia para Pós-Graduandos (ordem de prioridade: graduandos –> graduados –> pós-graduandos)
— Aumento do número de vagas no CCI

Pela adequação da estrutura física da faculdade para pessoas portadoras de deficiência (em todos os seus espaços)
Pela ampliação do Anfiteatro

Pela ampliação da Biblioteca

Pela criação de espaços de convivência estudantis adequados

Pela contratação de odontologista para UNAMOS e atendimento geral na área de ginecologia (não somente preventivo)

Pela transferência do CEES para o Campus I, para que os alunos sejam atendidos por médicos (necessidades básicas), além do centro de estudos para os cursos que estão em estágio

Entendemos que o aumento do repasse de verbas, assim como contratação de professores e funcionários e as políticas de permanência estudantil se fazem necessários para a manutenção do ensino público e de qualidade e acessível à maioria da sociedade. Devemos consolidar mecanismos que garantam que a pequena porcentagem de estudantes brasileiros oriundos das fileiras da classe trabalhadora que adentram o ensino superior público possa permanecer na universidade.Por isso delegamos toda legitimidade a luta d@s estudantes. Justamente por tal legitimidade, expressamos aqui nosso repúdio em relação a qualquer postura repressiva que possa ser adotada pela Direção da Faculdade ou pela Polícia Militar para retirada forçosa dos estudantes em movimento de ocupação, pois entendemos que a ocupação estudantil é sempre desencadeada quando a Direção das Unidades e a Reitoria da Unesp não respondem as demandas dos estudantes. Assim é legitima a Greve e ocupação, são ferramentas de luta, e devem ser utilizadas sempre que as demandas estudantis não forem atendidas.Queremos fazer notório que necessitamos unificar o movimento no intuito de fortalecer as discussões sobre as pautas estudantis para 2009. Atos unificados devem continuar a serem planejados. Nesse sentido, não seria equivocado considerar que está é apenas mais uma ocupação das Universidades Públicas em 2009. Não devemos parar por ai: se os Estudantes não são ouvidos, não tendo suas demandas atendidas, responderemos com mais Greves e Ocupações!OS CAMARADAS DA UNESP DE MARÍLIA SÃO CERTAMENTE UM EXEMPLO DE MOBILIZAÇÃO E DE LUTA A SER SEGUIDO.
TODO APOIO A OCUPAÇÃO!

Moradas Comuna

REITORA ABANDONA A USP E VAI PARA ESPANHA !

REITORA ABANDONA A USP E VAI PARA ESPANHA !
Após a provocação para justificar a suspensão da negociação marcada para dia 25/5, o Cruesp recebeu ofício do Fórum das Seis propondo o agendamento de uma reunião de negociação imediatamente.O Cruesp não respondeu.O Fórum das Seis não estava conseguindo descobrir onde se encontrava a reitora, nem seus assessores.Eis que encontramos publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, dia 28/5, o afastamento da reitora, autorizado pela Secretaria do Ensino Superior, para receber uma medalha na Espanha e visitar a Universidade de Salamanca.É inacreditável que mais uma vez quando a Universidade de São Paulo vive uma crise profunda com a greve (que além de crescer e se radicalizar na USP, passa a se expandir para Unicamp e Unesp) a reitora da USP – presidente do Cruesp viaje para a Espanha para RECEBER UMA MEDALHA E VISITAR UMA UNIVERSIDADE.Lembra-se de 2007, quando em meio a toda uma efervescência na Universidade, devido ao decreto do Serra de intervenção na Universidade, Suely Vilela, depois de marcar um debate com estudantes na História, viajou para Paris, gerando uma grande revolta que culminou com a ocupação da reitoria por 51 dias?!

Carta Aberta aos estudantes, funcionários e professores da UNESP

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES “HELENIRA RESENDE” DA UNESP E DA FATEC


Carta Aberta aos estudantes, funcionários e professores da UNESP


Estudantes, professores e funcionários da UNESP,

O ano de 2009 é um daqueles anos marcados pela agitação social; trata-se de um ano chave que norteará os rumos do desenvolvimento social por um longo período. Neste sentido, as universidades públicas paulistas passam por um momento crucial, cujos sintomas são tanto a UNIVESP, quanto o PDI na UNESP e a Lei de Inovação Tecnológica do governador Serra. Continuações evidentes dos Decretos Serra, o objetivo de todos estes planos, leis, programas e ações é precarizar o ensino superior público paulista. A UNIVESP é um dos piores ataques da história à qualidade da educação pública, apontando para um destino de destruição da cultura em nossa sociedade, do esvaziamento da relação docente-discente, de desemprego massivo para os professores (universitários e secundaristas) e de espetacularização completa das relações pedagógicas; como, no entanto, encontra-se ainda no começo, pode, e deve, ser destruída com todas as forças possíveis e impossíveis.

O PDI é um ataque brutal a UNESP, que, quando posto em prática, terminará por descaracterizá-la enquanto universidade pública; se hoje a UNESP baila sobre o fio da lâmina para manter o que ainda há de público em seus fins (seus objetivos, isto é, o conhecimento que a universidade produz), o PDI pretende escancarar a UNESP aos grandes empresários, banqueiros e capitalistas; quer dizer, o PDI faz da UNESP um departamento de patentes para empresas, que, ao invés de pesquisar demandas sociais, pesquisará as demandas empresariais, avessas aos interesses da maior parte da população — que, a propósito, mantêm a UNESP por meio do ICMS. Outro ponto do crítico em relação ao PDI é o fato de ele definir o EaD como meio de expansão de vagas na universidade, movimento que já vemos se concretizar nos cursos já provados de Pedagogia e Filosofia à distância, na UNESP, e de Pedagogia, Biologia e Ciências na USP; outros cursos já encontram-se em fase de discussão para serem distanciados, como Física, Química, Biblioteconomia, Letras, Ciências Sociais, dentre outros. É por isso que dizemos: combater o PDI é combater a UNIVESP, pois não se trata só da mesma linha política da qual ambos são frutos, mas trata-se de um implicar imbricando o outro, e vice-versa.

A este quadro tenebroso se junta o fato da repressão aos estudantes, trabalhadores e professores das três públicas. São incontáveis as sindicâncias em andamento nas UNESP’s pelos motivos os mais banais possíveis, o que indica uma vontade vitoriana da burocracia da UNESP em disciplinar os estudantes. Os professores também não se encontram em melhor situação sendo emblemáticas as ameaças de mortes que professores da UNESP-Registro sofreram no início do ano por suas denúncias e lutas contra a corrupção na universidade.

Mas é contra os trabalhadores que a repressão veio mais forte desta vez. Claudionor Brandão, trabalhador da Prefeitura do campus Butantã da USP e dirigente do SINTUSP foi demitido por motivos políticos no final do ano passado, sendo sua militância altamente combativa com repercussões estaduais. A demissão de Brandão foi ilegal, dado que, um dirigente sindical conta com estabilidade n emprego, mas a reitora da USP diz eu não voltará atrás. A reação contra o arbítrio da Reitoria da USP não tardou e os funcionários da USP estão em greve há quase 20 dias, exigindo, entre outras coisas a imediata readmissão de Brandão, reajustes salariais e o fim da UNIVESP.

No entanto, isolados como estão, não há a menor perspectiva de vitória, ao contrário, caso a greve dos trabalhadores da USP não receba imediatas reações de solidariedade de fato (que dizer, solidariedade sob a forma de lutas), isto significará a derrota não só deles, mas a derrota de todos nós, que somos contra o PDI, a UNIVESP, a repressão, o sucateamento e a privatização do ensino superior público do estado. Significará, em suma, a vitória de uma das faces mais viscerais do neoliberalismo, expressa na destruição sistemática dos sistemas educacionais.

A UNESP, neste contexto, ocupa posto chave. Para este DCE, as possibilidades de ampliação do movimento estão dadas, ainda que necessitem de muita construção, propaganda e debates, especialmente entre os estudantes. Este ano os funcionários e professores desta universidade devem cumprir um papel chave na mobilização, tornando claro à massa estudantil a gravidade dos ataques e a necessidade de mobilização imediata e radical. Neste sentido, reiteramos a mais plena necessidade da união dos três setores das três públicas para a construção de uma greve estadual — a mais forte da história — capaz de fazer com que toda a burocracia acadêmica e o destrutivo governo de Serra retrocedam em suas políticas sucateadoras e privatistas da universidade.

Estudantes, funcionários e professores: não fujamos da luta, mas construamo-la juntos e imediatamente para garantir nossos interesses contra aqueles da reitoria e do governo neoliberal de Serra. O que está em jogo não é somente um aumento salarial ou a readmissão de um camarada. O que está em jogo é a maneira como educaremos nossos filhos, o conhecimento que produziremos para nós, o tipo de sociedade que desejamos.

Estudantes, funcionários e professores: o que está em jogo é a própria educação que os dias a porvir realizarão nas universidades e escolas do estado de São Paulo.

TODOS À PLENÁRIA ESTADUAL DOS ESTUDANTES DIA 25/05 NA USP-SP PARA CONSTRUIR A LUTA ESTADUAL UNIFICADA!!!

TODOS AO ATO PELA PAUTA UNIFICADA DO FÓRUM DAS SEIS DIA 25/05 NA USP-SP!!!

TODOS À LUTA ENCARNIÇADA E AGUERRIDA CONTRA AS REITORIAS E O GOVERNO DO ESTADO, QUE BUSCA DESTRUIR A EDUCAÇÃO PÚBLICA!!!


São Paulo, 21 de maio de 2009

Diretório Central do Estudantes “Helenira Resende” da UNESP-FATEC

Ao Magnífico Reitor da Unesp

Ao Magnífico Reitor,

Na quinta-feira (28/05) tentamos contatá-lo a fim de negociar a pauta de reivindicações estudantis. Infelizmente, a reitoria negou-se a negociar com o movimento de greve e ocupação de salas de aula. A reitoria já conhece nossos problemas, turmas que perdem o semestre por falta de professores, estudantes que abandonam seus cursos por falta de assistência socioeconômica. Parece-nos uma provocação tamanha intransigência; qual seria o interesse da reitoria em manter o impasse?

Em assembléia, com mais de 500 estudantes decidiu-se por unanimidade a manutenção da greve e da ocupação. Não entendemos o motivo da intransigência da reitoria em exigir o fim de nosso movimento de ocupação (que por hora, nada mais é do que das salas de aula e esperamos não sermos obrigados a ir além), já que não temos problemas com a direção da unidade. Teria a reitoria algum interesse politico em aumentar a nossa greve e a ocupação?

Assim, solicitamos que reconsidere sua posição e abra imediatamente negociações conosco para chegarmos a uma solução. Caso contrário, aprovamos por unanimidade a necessidade de ampliar a ocupação do campus para além de simplesmente as salas de aula e iremos à reitoria cobrar negociações.

Gratos desde já,


Assembléia Geral dos estudantes da UNESP- FFC Marília
Diretório Central dos Estudantes da UNESP-FATEC

Carta aos estudantes da unesp e da fatec

Carta aos estudantes da unesp e da fatec

Os estudantes da FFC Unesp – Campus de Marilia, deliberou em assembléia geral extraordinária pela mobilização sob forma de greve imediata e ocupação do prédio de aulas.

As Universidades publicas do estado, particularmente a Unesp, vêem-se diante de um quadro de ataques não só lesivos à qualidade de suas atividades de ensino pesquisa e extensão, mas a sua própria característica de universidade publica. Bem entendido, estamos a dizer do PDI (plano de desenvolvimento institucional) e da Unvesp (universidade virtual do estado de são Paulo).

O PDI é um plano, praticamente imposto pela reitoria da Unesp, que define ações e caracteristicas da Unesp pelos próximos dez anos. Dentre essas ações, devemos destacar a completa reestruturação acadêmico-administrativa da Unesp, a adoção do ensino a distancia como forma de expansão de vagas e a mais completa submissão da universidade a um punhado de grandes empresas, banqueiros e monopólios capitalistas. De fato, o PDI coloca que toda Unesp deverá se centrar em torno da vinculação prostitutiva da Unesp à empresas: a pesquisa entendida como forma de captação de recursos; a graduação tomada como meio de formação de mão-de-obra especializada e barata às grandes industrias; a própria estrutura acadêmica e os curricula adaptados às necessidades de interesses capitalistas notoriamente contrariosaos interesses da maior parte da população que financia a Unesp, enquanto universidade PUBLICA.

Quanto a UNIVESP, a assembléia dos estudantes da Unesp de Marilia, compreende-a como o mais grave ataque à qualidade da educação jamais visto na historia do estado de são Paulo. A Univesp (assim como o Pdi) é continuação direta dos Decretos do Serra, na medida em que foi a secretaria de ensino superior — herança maldita daqueles decretos — que propôs e executará este programa chamado UNIVESP. Tal programa se propõe a oferecer, por meio da estrutura já existente das Três Públicas Paulistas, cursos modalidade à distância de formação, especialização e atualização, seja na graduação seja na pós. Em último caso, o objetivo da UNIVESP é desobrigar o Estado em relação à Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, já que o Ensino à Distância não requisita para sua implantação nem da contratação de professores, nem de funcionários, tampouco de construção de bibliotecas e de salas de aula, muito menos a adoção de políticas de permanência estudantil. Dentre os cursos já distanciados conta-se Pedagogia (cinco mil vagas!!!), Biologia, Ciências e Filosofia; mas não é tudo, pois já se cogita Física, Química, Biblioteconomia, Letras, Ciências Sociais, dentre outros. A UNIVESP dá ensejo para o aprofundamento da falta crônica de professores e funcionários no ensino superior; abre espaço para o completo esfacelamento da cultura e da educação em nossa sociedade, além de deixar claro os interesses do governo do Estado em substituir todos os cursos presenciais não diretamente produtivos (quer dizer, capazes de gerar lucros para empresas e bancos) por cursos à distância.

Os estudantes da UNESP-Marília têm claro que o PDI e a UNIVESP colocam a mesma política e o mesmo destino às Universidades Públicas e ao Ensino Publico do Estado de São Paulo. Assim, combater um significa necessariamente combater o outro.

Os funcionários, professores e estudantes que até agora se colocaram contra as políticas neo-liberais do governo do Estado, das Reitorias e das Diretorias receberam sindicâncias, perseguições, expulsões, demissões e, até mesmo, ameaças de morte. A forma como a burocracia acadêmica e os políticos se propõe a tratar as legítimas reivindicações e os posicionamentos dos estudantes, funcionários e professores é absolutamente inaceitável!! Neste sentido, a demissão ilegal, arbitrária e ditatorial de Claudionor Brandão, dirigente democraticamente eleito do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) é expressão mais cabal da falta de disposição das reitorias e do governo para o diálogo e do excesso de disposição para punição e enquadramento daqueles que se lhes opõem.

Dado o sombrio contexto de privatização e destruição do patrimônio público, somado a constante e irrestrita perseguição política e disciplinar aos professores, funcionários e estudantes, esta Assembléia Geral dos Estudantes da FFC UNESP-Marília compreende que não nos resta outra saída para barrar os ataques ao movimento e a Educação Pública, senão a adoção de métodos radicalizados e efetivos de luta. Neste sentido o caminho que os estudantes da UNESP-Marília escolheram para construir sua mobilização foi a Greve com Ocupação.



A este quadro tenebroso se junta o fato da repressão aos estudantes, trabalhadores e professores das três públicas. São incontáveis as sindicâncias em andamento nas UNESP’s pelos motivos os mais banais possíveis, o que indica uma vontade vitoriana da burocracia da UNESP em disciplinar os estudantes. Os professores também não se encontram em melhor situação sendo emblemáticas as ameaças de mortes que professores da UNESP-Registro sofreram no início do ano por suas denúncias e lutas contra a corrupção na universidade.

Mas é contra os trabalhadores que a repressão veio mais forte desta vez. Claudionor Brandão, trabalhador da Prefeitura do campus Butantã da USP e dirigente do SINTUSP foi demitido por motivos políticos no final do ano passado, sendo sua militância altamente combativa com repercussões estaduais. A demissão de Brandão foi ilegal, dado que, um dirigente sindical conta com estabilidade n emprego, mas a reitora da USP diz eu não voltará atrás. A reação contra o arbítrio da Reitoria da USP não tardou e os funcionários da USP estão em greve há quase 20 dias, exigindo, entre outras coisas a imediata readmissão de Brandão, reajustes salariais e o fim da UNIVESP.

No entanto, isolados como estão, não há a menor perspectiva de vitória, ao contrário, caso a greve dos trabalhadores da USP não receba imediatas reações de solidariedade de fato (que dizer, solidariedade sob a forma de lutas), isto significará a derrota não só deles, mas a derrota de todos nós, que somos contra o PDI, a UNIVESP, a repressão, o sucateamento e a privatização do ensino superior público do estado. Significará, em suma, a vitória de uma das faces mais viscerais do neoliberalismo, expressa na destruição sistemática dos sistemas educacionais.

A UNESP, neste contexto, ocupa posto chave. Para este DCE, as possibilidades de ampliação do movimento estão dadas, ainda que necessitem de muita construção, propaganda e debates, especialmente entre os estudantes. Este ano os funcionários e professores desta universidade devem cumprir um papel chave na mobilização, tornando claro à massa estudantil a gravidade dos ataques e a necessidade de mobilização imediata e radical. Neste sentido, reiteramos a mais plena necessidade da união dos três setores das três públicas para a construção de uma greve estadual — a mais forte da história — capaz de fazer com que toda a burocracia acadêmica e o destrutivo governo de Serra retrocedam em suas políticas sucateadoras e privatistas da universidade.

Nota à imprensa


Nota à imprensa

Os estudantes da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP campus Marília, diante de um quadro de precarização do ensino e dos serviços da universidade (falta de professores e funcionários, falta de uma política de permanência estudantil plena, ensino à distância, planos privatizadores, etc.) e após três meses de discussão, atos e paralisações - não tendo suas reivindicações atendidas – deliberaram em Assembléia Geral, realizada no dia 26 de maio de 2009, por greve com ocupação do Prédio de Aulas até o completo atendimento de suas demandas.

À UNESP, bem como à outras universidades públicas do estado, está posta uma situação de falta crônica de professores em todos os seus cursos. O mesmo se dá em todas as seções da universidade; em todas elas (administração, bibliotecas, restaurante universitário, etc.) verifica-se, além da falta de funcionários, notória sobrecarga de trabalho. Soma-se a isto, uma deficitária política de permanência estudantil, ou seja, os pouquíssimos estudantes de baixa renda que conseguem vencer a muralha do vestibular (apenas 14% dos estudantes da UNESP provêm de escolas públicas!), deparam-se com o mais completo descaso por parte dos governos, das diretorias e da reitoria, sendo que muitas vezes estes estudantes são obrigados a abandonar seus cursos.

E isto não é tudo. As diretorias e a reitoria da UNESP, bem como o governo do estado, ao invés de buscar sanar os problemas elencados, aprofundam ainda mais os ataques. Entre os diversos elementos precarizadores, citamos os dois principais: Plano Decenal de Desenvolvimento Institucional (PDI) e a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). O PDI, plano imposto pela reitoria, acentuará um processo de privatização da UNESP, descaracterizando-a enquanto universidade pública, uma vez que atrela seu financiamento e sua produção à iniciativa privada. Este projeto, junto com a UNIVESP, também institucionaliza o ensino à distância, debilitando o tripé ensino-pesquisa-extensão e determinando uma cisão na universidade: de um lado centros de excelência para uma minoria; de outro, cursos de baixa qualidade para formação de profissionais destinados a trabalhar na rede pública de ensino.

Diante disso, professores, funcionários e estudantes não se calaram, se manifestando das mais diversas formas (organizando amplos debates, atos, greves, etc). Porém, devemos destacar que aqueles que se levantaram contra esses ataques e em defesa da universidade pública, ao invés
de serem ouvidos, foram duramente reprimidos. Estudantes sofrendo processos de sindicância, professores sendo perseguidos e, até mesmo, ameaçados de morte (como no campus de Registro). Um dos casos mais emblemáticos é a atual demissão ilegal do funcionário dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Claudionor Brandão, simplesmente por defender os interesses dos trabalhadores.

Nada disto seria possível não fosse a atual estrutura anti-democrática vigente nos órgãos deliberativos da universidade, nos quais os professores, apesar de serem a minoria, representam 70% do poder decisório, enquanto funcionários e estudantes, que são a maioria, ficam apenas com 15% cada.

Contra isso é que se dá a atual greve dos estudantes da UNESP de Marília. Criticamos este modelo de universidade pública posto, no qual se dá a reprodução dos mecanismos de exclusão da maioria da população ao ensino superior. Portanto, somos por uma universidade pública, gratuita, de qualidade, acessível a todos e a serviço das demandas dos trabalhadores e do povo pobre.


Marília, 27 de Maio de 2009.

Comando de Greve dos estudantes da UNESP de Marília.
PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DOS ESTUDANTES DA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA UNESP CAMPUS MARÍLIA
Contra o PDI: pelo fim de seus trâmites nos órgãos da Universidade

Contra a UNIVESP: pelo fim do convênio entre UNESP e Secretaria de Ensino Superior

Educação não é mercadoria: estatização, sem ressarcimento, das universidades particulares como forma de sanar a falta de acesso ao ensino superior.

Contra a repressão:
Solidariedade a greve dos trabalhadores da USP: pela imediata readmissão do camarada Brandão
pelo fim das sindicâncias na UNESP, USP e UNICAMP

Por democracia de fato nos espaços de decisão da universidade:
— Paridade de voto às eleições para Diretoria e Reitoria
— Paridade nos órgãos deliberativos; Conselho Universitário e Congregação

Pela imediata incorporação dos trabalhadores terceirizados aos quadros da universidade

Pela contratação de mais professores

Pela contratação de mais funcionári@s

Por uma política efetiva de Permanência Estudantil:
— Por mais bolsas BAAE: com número mínimo de 260 bolsas, com encampamento pela reitoria das bolsas BAAE oferecidas pela iniciativa privada— Bolsa BAAE de pelo menos um Salário Mínimo— Por mais vagas na Moradia Estudantil
— Por mais bolsas alimentação com caráter socioeconômico, vinculadas à bolsa-moradia, auxilio aluguel e bolsa BAEE
— Pelo aumento da quantidade de refeições servidas no restaurante Universitário, com proporcional aumento do número de funcionários
— Pelo Restaurante à noite já
— Por formulários de Moradia e Bolsa BAAE para estudantes de Terceira Chamada em diante.
— Bolsa Moradia para Pós-Graduandos (ordem de prioridade: graduandos –> graduados –> pós-graduandos)
— Aumento do número de vagas no CCI

Pela adequação da estrutura física da faculdade para pessoas portadoras de deficiência (em todos os seus espaços)
Pela ampliação do Anfiteatro

Pela ampliação da Biblioteca

Pela criação de espaços de convivência estudantis adequados

Pela contratação de odontologista para UNAMOS e atendimento geral na área de ginecologia (não somente preventivo)

Pela transferência do CEES para o Campus I, para que os alunos sejam atendidos por médicos (necessidades básicas), além do centro de estudos para os cursos que estão em estágio

Marília, 16 de abril de 2009, Prédio de Atividades Didáticas, Anfiteatro I