DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES “HELENIRA RESENDE” DA UNESP E DA FATEC
Carta Aberta aos estudantes, funcionários e professores da UNESP
Estudantes, professores e funcionários da UNESP,
O ano de 2009 é um daqueles anos marcados pela agitação social; trata-se de um ano chave que norteará os rumos do desenvolvimento social por um longo período. Neste sentido, as universidades públicas paulistas passam por um momento crucial, cujos sintomas são tanto a UNIVESP, quanto o PDI na UNESP e a Lei de Inovação Tecnológica do governador Serra. Continuações evidentes dos Decretos Serra, o objetivo de todos estes planos, leis, programas e ações é precarizar o ensino superior público paulista. A UNIVESP é um dos piores ataques da história à qualidade da educação pública, apontando para um destino de destruição da cultura em nossa sociedade, do esvaziamento da relação docente-discente, de desemprego massivo para os professores (universitários e secundaristas) e de espetacularização completa das relações pedagógicas; como, no entanto, encontra-se ainda no começo, pode, e deve, ser destruída com todas as forças possíveis e impossíveis.
O PDI é um ataque brutal a UNESP, que, quando posto em prática, terminará por descaracterizá-la enquanto universidade pública; se hoje a UNESP baila sobre o fio da lâmina para manter o que ainda há de público em seus fins (seus objetivos, isto é, o conhecimento que a universidade produz), o PDI pretende escancarar a UNESP aos grandes empresários, banqueiros e capitalistas; quer dizer, o PDI faz da UNESP um departamento de patentes para empresas, que, ao invés de pesquisar demandas sociais, pesquisará as demandas empresariais, avessas aos interesses da maior parte da população — que, a propósito, mantêm a UNESP por meio do ICMS. Outro ponto do crítico em relação ao PDI é o fato de ele definir o EaD como meio de expansão de vagas na universidade, movimento que já vemos se concretizar nos cursos já provados de Pedagogia e Filosofia à distância, na UNESP, e de Pedagogia, Biologia e Ciências na USP; outros cursos já encontram-se em fase de discussão para serem distanciados, como Física, Química, Biblioteconomia, Letras, Ciências Sociais, dentre outros. É por isso que dizemos: combater o PDI é combater a UNIVESP, pois não se trata só da mesma linha política da qual ambos são frutos, mas trata-se de um implicar imbricando o outro, e vice-versa.
A este quadro tenebroso se junta o fato da repressão aos estudantes, trabalhadores e professores das três públicas. São incontáveis as sindicâncias em andamento nas UNESP’s pelos motivos os mais banais possíveis, o que indica uma vontade vitoriana da burocracia da UNESP em disciplinar os estudantes. Os professores também não se encontram em melhor situação sendo emblemáticas as ameaças de mortes que professores da UNESP-Registro sofreram no início do ano por suas denúncias e lutas contra a corrupção na universidade.
Mas é contra os trabalhadores que a repressão veio mais forte desta vez. Claudionor Brandão, trabalhador da Prefeitura do campus Butantã da USP e dirigente do SINTUSP foi demitido por motivos políticos no final do ano passado, sendo sua militância altamente combativa com repercussões estaduais. A demissão de Brandão foi ilegal, dado que, um dirigente sindical conta com estabilidade n emprego, mas a reitora da USP diz eu não voltará atrás. A reação contra o arbítrio da Reitoria da USP não tardou e os funcionários da USP estão em greve há quase 20 dias, exigindo, entre outras coisas a imediata readmissão de Brandão, reajustes salariais e o fim da UNIVESP.
No entanto, isolados como estão, não há a menor perspectiva de vitória, ao contrário, caso a greve dos trabalhadores da USP não receba imediatas reações de solidariedade de fato (que dizer, solidariedade sob a forma de lutas), isto significará a derrota não só deles, mas a derrota de todos nós, que somos contra o PDI, a UNIVESP, a repressão, o sucateamento e a privatização do ensino superior público do estado. Significará, em suma, a vitória de uma das faces mais viscerais do neoliberalismo, expressa na destruição sistemática dos sistemas educacionais.
A UNESP, neste contexto, ocupa posto chave. Para este DCE, as possibilidades de ampliação do movimento estão dadas, ainda que necessitem de muita construção, propaganda e debates, especialmente entre os estudantes. Este ano os funcionários e professores desta universidade devem cumprir um papel chave na mobilização, tornando claro à massa estudantil a gravidade dos ataques e a necessidade de mobilização imediata e radical. Neste sentido, reiteramos a mais plena necessidade da união dos três setores das três públicas para a construção de uma greve estadual — a mais forte da história — capaz de fazer com que toda a burocracia acadêmica e o destrutivo governo de Serra retrocedam em suas políticas sucateadoras e privatistas da universidade.
Estudantes, funcionários e professores: não fujamos da luta, mas construamo-la juntos e imediatamente para garantir nossos interesses contra aqueles da reitoria e do governo neoliberal de Serra. O que está em jogo não é somente um aumento salarial ou a readmissão de um camarada. O que está em jogo é a maneira como educaremos nossos filhos, o conhecimento que produziremos para nós, o tipo de sociedade que desejamos.
Estudantes, funcionários e professores: o que está em jogo é a própria educação que os dias a porvir realizarão nas universidades e escolas do estado de São Paulo.
TODOS À PLENÁRIA ESTADUAL DOS ESTUDANTES DIA 25/05 NA USP-SP PARA CONSTRUIR A LUTA ESTADUAL UNIFICADA!!!
TODOS AO ATO PELA PAUTA UNIFICADA DO FÓRUM DAS SEIS DIA 25/05 NA USP-SP!!!
TODOS À LUTA ENCARNIÇADA E AGUERRIDA CONTRA AS REITORIAS E O GOVERNO DO ESTADO, QUE BUSCA DESTRUIR A EDUCAÇÃO PÚBLICA!!!
São Paulo, 21 de maio de 2009
Diretório Central do Estudantes “Helenira Resende” da UNESP-FATEC
Carta Aberta aos estudantes, funcionários e professores da UNESP
Estudantes, professores e funcionários da UNESP,
O ano de 2009 é um daqueles anos marcados pela agitação social; trata-se de um ano chave que norteará os rumos do desenvolvimento social por um longo período. Neste sentido, as universidades públicas paulistas passam por um momento crucial, cujos sintomas são tanto a UNIVESP, quanto o PDI na UNESP e a Lei de Inovação Tecnológica do governador Serra. Continuações evidentes dos Decretos Serra, o objetivo de todos estes planos, leis, programas e ações é precarizar o ensino superior público paulista. A UNIVESP é um dos piores ataques da história à qualidade da educação pública, apontando para um destino de destruição da cultura em nossa sociedade, do esvaziamento da relação docente-discente, de desemprego massivo para os professores (universitários e secundaristas) e de espetacularização completa das relações pedagógicas; como, no entanto, encontra-se ainda no começo, pode, e deve, ser destruída com todas as forças possíveis e impossíveis.
O PDI é um ataque brutal a UNESP, que, quando posto em prática, terminará por descaracterizá-la enquanto universidade pública; se hoje a UNESP baila sobre o fio da lâmina para manter o que ainda há de público em seus fins (seus objetivos, isto é, o conhecimento que a universidade produz), o PDI pretende escancarar a UNESP aos grandes empresários, banqueiros e capitalistas; quer dizer, o PDI faz da UNESP um departamento de patentes para empresas, que, ao invés de pesquisar demandas sociais, pesquisará as demandas empresariais, avessas aos interesses da maior parte da população — que, a propósito, mantêm a UNESP por meio do ICMS. Outro ponto do crítico em relação ao PDI é o fato de ele definir o EaD como meio de expansão de vagas na universidade, movimento que já vemos se concretizar nos cursos já provados de Pedagogia e Filosofia à distância, na UNESP, e de Pedagogia, Biologia e Ciências na USP; outros cursos já encontram-se em fase de discussão para serem distanciados, como Física, Química, Biblioteconomia, Letras, Ciências Sociais, dentre outros. É por isso que dizemos: combater o PDI é combater a UNIVESP, pois não se trata só da mesma linha política da qual ambos são frutos, mas trata-se de um implicar imbricando o outro, e vice-versa.
A este quadro tenebroso se junta o fato da repressão aos estudantes, trabalhadores e professores das três públicas. São incontáveis as sindicâncias em andamento nas UNESP’s pelos motivos os mais banais possíveis, o que indica uma vontade vitoriana da burocracia da UNESP em disciplinar os estudantes. Os professores também não se encontram em melhor situação sendo emblemáticas as ameaças de mortes que professores da UNESP-Registro sofreram no início do ano por suas denúncias e lutas contra a corrupção na universidade.
Mas é contra os trabalhadores que a repressão veio mais forte desta vez. Claudionor Brandão, trabalhador da Prefeitura do campus Butantã da USP e dirigente do SINTUSP foi demitido por motivos políticos no final do ano passado, sendo sua militância altamente combativa com repercussões estaduais. A demissão de Brandão foi ilegal, dado que, um dirigente sindical conta com estabilidade n emprego, mas a reitora da USP diz eu não voltará atrás. A reação contra o arbítrio da Reitoria da USP não tardou e os funcionários da USP estão em greve há quase 20 dias, exigindo, entre outras coisas a imediata readmissão de Brandão, reajustes salariais e o fim da UNIVESP.
No entanto, isolados como estão, não há a menor perspectiva de vitória, ao contrário, caso a greve dos trabalhadores da USP não receba imediatas reações de solidariedade de fato (que dizer, solidariedade sob a forma de lutas), isto significará a derrota não só deles, mas a derrota de todos nós, que somos contra o PDI, a UNIVESP, a repressão, o sucateamento e a privatização do ensino superior público do estado. Significará, em suma, a vitória de uma das faces mais viscerais do neoliberalismo, expressa na destruição sistemática dos sistemas educacionais.
A UNESP, neste contexto, ocupa posto chave. Para este DCE, as possibilidades de ampliação do movimento estão dadas, ainda que necessitem de muita construção, propaganda e debates, especialmente entre os estudantes. Este ano os funcionários e professores desta universidade devem cumprir um papel chave na mobilização, tornando claro à massa estudantil a gravidade dos ataques e a necessidade de mobilização imediata e radical. Neste sentido, reiteramos a mais plena necessidade da união dos três setores das três públicas para a construção de uma greve estadual — a mais forte da história — capaz de fazer com que toda a burocracia acadêmica e o destrutivo governo de Serra retrocedam em suas políticas sucateadoras e privatistas da universidade.
Estudantes, funcionários e professores: não fujamos da luta, mas construamo-la juntos e imediatamente para garantir nossos interesses contra aqueles da reitoria e do governo neoliberal de Serra. O que está em jogo não é somente um aumento salarial ou a readmissão de um camarada. O que está em jogo é a maneira como educaremos nossos filhos, o conhecimento que produziremos para nós, o tipo de sociedade que desejamos.
Estudantes, funcionários e professores: o que está em jogo é a própria educação que os dias a porvir realizarão nas universidades e escolas do estado de São Paulo.
TODOS À PLENÁRIA ESTADUAL DOS ESTUDANTES DIA 25/05 NA USP-SP PARA CONSTRUIR A LUTA ESTADUAL UNIFICADA!!!
TODOS AO ATO PELA PAUTA UNIFICADA DO FÓRUM DAS SEIS DIA 25/05 NA USP-SP!!!
TODOS À LUTA ENCARNIÇADA E AGUERRIDA CONTRA AS REITORIAS E O GOVERNO DO ESTADO, QUE BUSCA DESTRUIR A EDUCAÇÃO PÚBLICA!!!
São Paulo, 21 de maio de 2009
Diretório Central do Estudantes “Helenira Resende” da UNESP-FATEC
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