Carta aos trabalhadores
Funcionários, os estudantes reunidos em assembléia geral, no dia 26/05, deliberaram por entrar em greve estudantil. Entendemos que a Universidade vem passando por diversos ataques, que visam diminuir o já escasso investimento na educação, privatizando, terceirizando e chegando inclusive a substituir a educação presencial por educação a distancia, através do PDI e da UNIVESP.
Esses ataques à educação também atingem os trabalhadores, diversos setores sofrem com a falta de funcionários, e as contratações são insuficientes, o reajuste salarial é cada vez menor, as condições de trabalho em alguns setores deixam a desejar, e a ameaça da terceirização reaparece de tempos em tempos. Isso tudo em uma conjuntura em que o governo bateu recordes de arrecadação, imaginem agora com a crise econômica!
Apesar de tudo, se nossa universidade ainda não está totalmente sucateada, isso se deve a luta dos funcionários, estudantes e alguns professores. Consciente disso o Governo do Estado ao mesmo tempo que avança na precarização também avança nas repressões. O caso mais gritante é a demissão ilegal do dirigente do SINTUSP, Claudionor Brandão, demitido por seguir as deliberações da assembleia da sua categoria, ataque esse que tenta ser mascarado por difamações pessoais por parte das reitorias e algumas direções, essas afirmações são tão falsas que desafiamos os caluniadores a apresentar as provas!
O real interesse dessa campanha baixa é dividir a luta, levar adiante as repressões e garantir o sucateamento da universidade, se hoje eles demitem sindicalistas teoricamente protegidos pela lei, imaginem o que faram conosco, ou com vocês?
Nós estudantes lutamos por uma Educação Publica, Gratuita, de Qualidade, que Todos tenham acesso, a serviço das demandas da maioria da população, e gerida paritariamente por professores, funcionários e estudantes.
Sabemos que não podemos ser vitoriosos, nem mesmo nas demandas mais elementares, se ficarmos sozinhos, por isso chamamos os funcionários dessa universidade a somar forças nessa luta, construindo uma grande greve capaz de arrancar conquistas concretas e avançar para um projeto de universidade realmente popular.
Marília, 28 de Maio de 2009
O problema da luta é que, enquanto o governo ataca a todos, nós lutamos isolados. As presentes reformas educacionais são novos passos de um projeto que começou em 2000. No entanto, ninguém fala dos 4 professores exonerados pelo PSDB em 2000 e dos 35 que atualmente estão sendo processados e perseguidos por Serra. Vocês precisam unir a luta de vocês com a luta dos professores da rede pública e para isso é necessário romper o elitismo e chamar os professores para se expressarem na UNESP e vice-versa. A UNIVESP faz parte do mesmo processo de reformas educacionais que está sendo implementado em toda a educação paulista e nacional.
ResponderExcluirRenato