domingo, 7 de junho de 2009

Mais apoio para a greve com ocupação: D.A. UNESP-Rio

Todo apoio aos estudantes e trabalhadores de Marília!



Nos últimos meses, os reflexos da crise econômica mundial tem golpeado forte o nosso país. Demissões em massa, aumento da jornada e do ritmo de trabalho, avanço da terceirização, precarização ainda maior do transporte público, saúde e moradia são fatos que marcam nosso dia-a-dia. E com a educação pública não é diferente: a precarização das condições de ensino e estudo público nos níveis básicos é monstruosa, escancarando o objetivo dos governos com a educação para a ampla maioria da população, e no ensino superior, restrito a uma ínfima minoria da população, os projetos de mercantilizaçã o e privatização apenas avançam. Na Unesp, em dois grandes projetos: o Plano de Desenvolvimento Institucional( PDI) e com a criação de cursos a distância através da Univesp.

Ainda que a mídia burguesa faça campanhas pesadas para naturalizar os ataques, dizendo que é necessário apertar os cintos,que o pior já passou, ou que não existe crise alguma, os trabalhadores, o povo pobre, e o movimento estudantil, vão embrionariamente, percebendo os ataques e dando suas respostas: nas periferias de São Paulo com as manifestações espontâneas por melhor transporte público e nos enfrentamentos com a polícia, nos enfrentamentos no campo contra o latifúndio, nas greves operárias que começam a surgir e nas lutas estudantis que pouco a pouco, voltam a cena. Esse não é um fenômeno pontual: na França os operários seqüestram seus gerentes, na Itália e Alemanha o movimento estudantil combativo se enfrenta com os fascista, na Argentina duras lutas operárias retomam o cenário de 2001. A crise econômica escancara as contradições de um modo de produção que inevitavelmente precisa ser derrubado.
Essas lutas em sua maioria são marcadas ainda por contradições: o corporativismo, a burocracia sindical e a conciliação de classes são barreiras que necessitam ser superadas. E justamente nesse sentido, saudamos a luta em curso da Unesp de Marília: desmascarar a burocracia acadêmica, lutar pela transformação radical da educação pública em nosso país e se utilizar de nossos métodos históricos de combate são exemplos a serem seguidos por todo o movimento estudantil e movimento operário de nosso país. Deixamos aqui nossa ampla solidariedade aos estudantes, trabalhadores e trabalhadoras que estão em luta no campus.

É necessário nesse momento a defesa incondicional das lutas da Unesp de Marília e dos trabalhadores da USP, pois são elas que apontam o caminho que devemos seguir em todo o Estado contra a Univesp, contra o PDI, pela transformação do caráter da Universidade, por sua massificação gratuita e com qualidade e pelos direitos dos trabalhadores.




- Todo apoio à greve estudantil e de trabalhadores na Unesp de Marília! Que os empresários e os burocratas paguem pela crise que criaram!
- Abertura imediata de negociação com os estudantes e trabalhadores de Marília! Basta de hipocrisia da direção local e da reitoria!
- Retomada imediata de negociações do CRUESP com o Fórum das Seis!
- Não aceitaremos repressão em Marília e na USP! Se atacam um, responderemos todos!




Saudações de luta,

Diretório Acadêmico da Unesp Rio Claro
Gestão “Por uma questão de CLASSE!”

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