segunda-feira, 1 de junho de 2009

Chamado às Universidades Estaduais Paulistas

Chamado às Universidades Estaduais Paulistas

Desde que o Governador José Serra assumiu seu posto dirigente no Estado de SP, as universidades vêem sofrendo diversos ataques, que começaram com o veto ao aumento do repasse para a educação, e culminaram com os projetos do governador para colocar a universidade ainda mais a serviço das necessidades de meia dúzia de capitalistas. Essas medidas ficaram conhecidas como “Decretos do Serra”.

No entanto a luta dos estudantes, funcionários e professores e simpatizantes impôs uma dura derrota a esse projeto em 2007. Mas no final de 2008 o governador voltou à ofensiva e, para conseguir impor seu projeto de universidade, se utiliza de uma política clara: Repressão.

São dezenas de sindicâncias aos estudantes das universidades estaduais paulistas, pelos motivos mais banais, como por exemplo, na UNESP de Rio Preto, onde o representante discente nos órgãos colegiados está sendo sindicado por discordar da burocracia acadêmica; na UNESP campus Registro professores sofreram ameaças de morte por levantarem suspeitas de corrupção no campus; e o caso mais emblemático e sintomático da política do Governo do Estado foi a demissão ilegal e ilegítima do dirigente sindical Claudionor Brandão, por cumprir as deliberações da assembléia de trabalhadores da USP.

Há um mês os trabalhadores da USP se levantaram contra esses ataques, e construíram uma forte greve de funcionários. A iniciativa dos trabalhadores da USP somadas as intransigências das reitorias das Três Públicas Paulistas levaram os trabalhadores da UNESP e da UNICAMP, e os estudantes da UNESP campus Marília a também entrarem em greve.

Hoje, dia 1 de junho, a repressão deu um salto de qualidade, com a polícia sitiando o campus da USP capital. Esse fato coloca em xeque demandas democráticas importante conseguidas após a queda da ditadura militar, como o direito ao livre pensamento na universidade — incompatível com as forças de repressão — e a liberdade de organização e greve dos trabalhadores.

A hora é agora. Temos medo do que essa medida autoritária e sinistra da reitoria e do governo do estado pode acarretar. Ou nos levantamos imediatamente e dizemos não, ou é melhor que nos acostumemos com os polícias a xeretarem nossas atividades acadêmicas e militantes.

Nós, delegados do Diretório Central dos Estudantes da UNESP-FATEC, que estamos a construir o movimento de resistência às medidas neoliberais e repressivas (estas a contra-face daquelas), particularmente a greve e a ocupação estudantil da UNESP campus Marília, chamamos todos os estudantes, funcionários, professores e simpatizantes a se unirem ao ato chamado pelo SINTUSP, contra a militarização da USP e pela imediata reabertura das negociações do CRUESP com o Fórum das Seis, na quarta-feira (amanhã) às 11h na USP.

Para garantir a participação do interior, solicitamos ao Fórum das Seis ajuda financeira para que possamos levar o maior número de pessoas para este ato. Aqueles que não puderem ir, pedimos ajuda para que divulguem esta notícia em todos os meios de comunicação solicitando moções de repúdio a medida repressiva da reitoria e do governo estadual.


A hora é agora:


- FORA PM DA USP!
- BASTA DE REPRESSÃO AOS LUTADORES!
- PELA IMEDIATA REABERTURA DAS NEGOCIAÇÕES ENTRE O CRUESP E O FÓRUM DAS SEIS.

Todos ao ato na USP amanhã às 11h!!!

São Paulo, 1 de junho de 2009


Diretório Central dos Estudantes da UNESP-FATEC

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