segunda-feira, 29 de junho de 2009

Noticias sobre a reunião de negociação entre Cruesp e Forum das Seis

O blog da greve adverte: notícia extraída da mídia burguesa (quer dizer, contêm distorções)"


Negociações entre reitores da USP, da Unesp e da Unicamp e grevistas chegam a impasse

Simone Harnik
Em São Paulo


As negociações entre grevistas da USP (Universidade de São Paulo) e o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) chegaram a um impasse. Sem conquistas da pauta de reivindicações nesta segunda-feira (26), o Fórum das Seis, entidade que congrega a USP, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) discute agora os rumos da greve.

De acordo com o presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), Otaviano Helene, os funcionários e professores das universidades estavam dispostos a negociar e cortaram pela metade a reivindicação salarial.

As categorias tiveram reajuste de 6,05% e pediam, na pauta inicial de negociações, mais 10% de aumento, referentes à desvalorização salarial das duas últimas décadas. Também solicitavam uma parcela fixa de R$ 200 concedida a todos os funcionários e professores.

Nessa segunda, a estratégia dos professores e funcionários foi requisitar mais 5% de aumento e parcela fixa de R$ 100. Mas a medida foi inócua. "A negociação não está indo para frente. Há intransigência", avalia Helene.

Não foram marcadas mais reuniões de negociação. A USP informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as conversas desta segunda-feira não ofereceram nenhuma mudança com relação à última reunião do dia 22. Por isso, o Cruesp não divulgará comunicado.

Projeto da Univesp
Segundo Helene, a única reivindicação do Fórum das Seis parcialmente atendida foi o recuo na implantação da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), projeto de ensino a distância do governo José Serra (PSDB).

A USP não implantará em 2009 o projeto, por falta de garantias de financiamento e de manutenção da qualidade. A Unesp, que ofereceria 5 mil vagas, deve reduzir o número de cadeiras no projeto.

O Cruesp se comprometeu a organizar seminários para discussão do ensino a distância durante o segundo semestre.

Outras reivindicações
Helene afirma que outras pautas, como a readmissão do servidor Claudionor Brandão, cuja demissão é tida como política pelo movimento de greve, não avançaram. Os docentes queriam também alterações no sistema de licenças da universidade, mas não houve proposta dos reitores.

Funcionários e professores da USP devem decidir se mantêm greve em suas assembleias nesta terça-feira (30).

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